A primeira vez em que vi a Lady Gaga na tv eu pensei: quem é esta maluca?
Na segunda vez pensei a mesma coisa.
Mas com o tempo, e um pouquinho de boa vontade, tentei entender o que havia de tão especial naquela garota de visual e atitude excêntricos para atrair tantos fãs.
Já sei! - pensei - ela criou uma personagem que mistura moda, subversão, arte e música para ganhar dinheiro e fazer sucesso. Ela é fake!
Fake? Só porque ela não fica internada constantemente em clínicas de reabilitação, ou não estampa páginas nos cadernos policiais por ter se envolvido em "n" escândalos?
Foi aí que lembrei de todas as vezes em que ouvi falarem a meu respeito: mas você trabalha com criação? Não parece. Você é tão tranquilo, tão quieto, tão na sua.
É, na minha
Ela é fake sim. Assim com eu sou. Assim como você talvez seja.
Gaga tem algo que gosto de ver em um artista, algo que eu chamo de nonsense com sentido, já que sua “piração” é baseada em uma série de referências históricas, artísticas, ideológicas e sociais.
Então, na verdade, fake seria um termo equivocado. Eu chamaria de inventivo.
Esta é a função do artista: criar, inventar, fugir da realidade - embora tudo seja baseado nela.
A criatura não precisa remeter ao criador. A única diferença é que artistas da música pop, como Gaga, precisam personificar a sua criação.
Não importa se a Lady Gaga não levanta da cama com uma latinha de refrigerante em sua cabeça e uma escopeta nos seios, ou se um humorista não faz piada no enterro da sua sogra.
O que você faz não tem nada haver com o que você faz.
Minha última frase teve alguma coerência? Não era para ter mesmo.
Na segunda vez pensei a mesma coisa.
Mas com o tempo, e um pouquinho de boa vontade, tentei entender o que havia de tão especial naquela garota de visual e atitude excêntricos para atrair tantos fãs.
Já sei! - pensei - ela criou uma personagem que mistura moda, subversão, arte e música para ganhar dinheiro e fazer sucesso. Ela é fake!
Fake? Só porque ela não fica internada constantemente em clínicas de reabilitação, ou não estampa páginas nos cadernos policiais por ter se envolvido em "n" escândalos?
Foi aí que lembrei de todas as vezes em que ouvi falarem a meu respeito: mas você trabalha com criação? Não parece. Você é tão tranquilo, tão quieto, tão na sua.
É, na minha
Ela é fake sim. Assim com eu sou. Assim como você talvez seja.
Gaga tem algo que gosto de ver em um artista, algo que eu chamo de nonsense com sentido, já que sua “piração” é baseada em uma série de referências históricas, artísticas, ideológicas e sociais.
Então, na verdade, fake seria um termo equivocado. Eu chamaria de inventivo.
Esta é a função do artista: criar, inventar, fugir da realidade - embora tudo seja baseado nela.
A criatura não precisa remeter ao criador. A única diferença é que artistas da música pop, como Gaga, precisam personificar a sua criação.
Não importa se a Lady Gaga não levanta da cama com uma latinha de refrigerante em sua cabeça e uma escopeta nos seios, ou se um humorista não faz piada no enterro da sua sogra.
O que você faz não tem nada haver com o que você faz.
Minha última frase teve alguma coerência? Não era para ter mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário