09 julho, 2010

PRA QUEM TÁ PUTA! PRA QUEM TÁ DOIDA!



Se cercar vira hospício, se cobrir vira zona. Mas se colocar uma passarela vira moda.

As duas grifes alternativas de roupas, Daspu e Dasdoida são um sinônimo da democratização da arte e da cultura.

A primeira, inspirada na vida das garotas de programa (as putas, com todo o respeito) foi criada no Rio de Janeiro por prostitutas que queriam angaria fundos para a ONG Davida, uma ONG que atua em prol da cidadania dessas mulheres.

E sabe aquela história de que todo gênio tem um pouco de louco? Eu diria que todo louco também tem um pouco de gênio. Ao menos é este o sentimento que nos causa ver o trabalho desenvolvido pela Dasdoida. A marca surgiu como uma ferramenta utilizada no tratamento de pacientes com distúrbios pisiquiátricos e acabou ganhando destaque inclusive em novelas e programas da TV Globo.

O que as duas têm em comum? O fato de serem uma forma genuína de expressão.

Quando estas mulheres - e alguns homens - anônimas e, por muitas vezes, repudiadas pela sociedade, criam ou usam estas peças, estão transformando este tipo de trabalho em algo que vai além da busca de sucesso e fama - não que isto represente algum problema. O objetivo destes artistas é, em primeiro lugar, a humanização.

É coisa de louco. Uma puta sacada.


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