Se cercar vira hospício, se cobrir vira zona. Mas se colocar uma passarela vira moda.
As duas grifes alternativas de roupas, Daspu e Dasdoida são um sinônimo da democratização da arte e da cultura.
A primeira, inspirada na vida das garotas de programa (as putas, com todo o respeito) foi criada no Rio de Janeiro por prostitutas que queriam angaria fundos para a ONG Davida, uma ONG que atua em prol da cidadania dessas mulheres.
E sabe aquela história de que todo gênio tem um pouco de louco? Eu diria que todo louco também tem um pouco de gênio. Ao menos é este o sentimento que nos causa ver o trabalho desenvolvido pela Dasdoida. A marca surgiu como uma ferramenta utilizada no tratamento de pacientes com distúrbios pisiquiátricos e acabou ganhando destaque inclusive em novelas e programas da TV Globo.
O que as duas têm em comum? O fato de serem uma forma genuína de expressão.
Quando estas mulheres - e alguns homens - anônimas e, por muitas vezes, repudiadas pela sociedade, criam ou usam estas peças, estão transformando este tipo de trabalho em algo que vai além da busca de sucesso e fama - não que isto represente algum problema. O objetivo destes artistas é, em primeiro lugar, a humanização.
É coisa de louco. Uma puta sacada.
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