23 julho, 2010

UMA CÂMERA NA MÃO E NADA DE IDEIA NA CABEÇA




Sabe aquele cara adolescente de meados da década de 90, tímido, com gordurinhas a mais e amor próprio de menos, que fugia de todo e qualquer registro fotográfico, cheio de vergonha de si? Você provavelmente foi ou conheceu alguém assim. Um primo nerd, provavelmente.

Agora compare com o que acontece com as pessoas hoje em dia. As gordurinhas a mais continuam, mas a vergonha de si, quanta diferença!

A twitcam que está aí não me deixa mentir.

O negócio todo é que não foi a autoestima das pessoas que cresceu, pelo contrário, acho até que diminuiu. Mas agora elas precisam da aprovação de massa para se sentir amadas, idolatradas, lindas, fofinhas, gostosas...

A exposição é física, não é um trabalho, um conceito, uma ideia, ou qualquer coisa do tipo que está em destaque. É o bumbum que rebola, o abdômen saradinho, a ressaca da festinha passada (ops! Acho que já vi coisa minha na rede desse nível).

Mas tudo bem, cada um na sua... se estão mostrando é porque tem gente vendo. Acho até divertido, só não acho muito interessante elevar a brincadeira ao status de algo importante, super relevante.

Quando você vê milhares de pessoas visualizando a página de alguém que está, ao vivo, cantando música da Madonna usando a escova de dente como microfone, você para e pensa: eu fiz isso a minha vida inteira na frente do espelho e nem eu mesmo via nada de interessante naquilo.

Mas, como a proposta deste blog é tentar ver as coisas por todos os seus ângulos e explorar todas as suas possibilidades, vou ter que dizer que este tipo de ferramenta da internet é extremamente útil quando se tem algo para dizer. Sabe a história da idéia na cabeça e uma câmera na mão”? Pois é, falta a ideia na cabeça.

Aí, reflexões me deixam abatido. Preciso de um pouco de superficialidade. Vou para a câm fazer umas caras para a tchurma.

Uhu! Aê, galera!!!!


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